Valentines Day...

E como não falar do tema às vésperas da data??... Uma regra, quase inevitável. E aqui, pretensiosamente, estou eu.

Só tem um problema. Homens e mulheres (sim, elas também estão aderindo) estão cada vez mais adversos à palavra "NAMORO". Uma espécie de fobia, tipo os "namorofóbicos", sei lá.

Funciona mais ou menos assim: as pessoas se conhecem, começam a se relacionar, saem juntas várias vezes, rola intimidade, se falam durante o dia, sentem saudade e podem até (vejam só!) se apaixonar, masss... não cometa o erro de perguntar se estão namorando. Pode ser fatal!... Geralmente a resposta que se ouve é: "Estamos ficando". Tá, ficando... exatamente o que, cara pálida?!... Dá pra explicar?... O caso é tão grave, que no meio da história (porque acho meio arriscado chamar de relacionamento), acabam acontecendo até uns "intervalos" regulares... uns sumiços... só pra descaracterizar o temido compromisso.

Existe um medo absurdo de que aquela criatura doce que está aí, bem ao lado, se transforme em um(a) psicopata dominador(a) assim que receber o título de namorado(a).
Aquele cara tão "cabeça boa", fosse começar a te ligar 64 vezes na noite só pra conferir que vc está de fato em casa, dormindo (o que torna-se im-pos-sí-vel com a porcaria desse celular tocando a noite toda!). Ou que aquela mulher linda e super bem resolvida, fosse sair no dia seguinte escolhendo o vestido de noiva, comprando enxoval (alguém ainda compra?), bordando pano de prato e jogo de toalhas com as iniciais dos nomes (ai!) e sair te apresentando para a parentada toda, até para aquela tia em quinto grau que, normalmente, é chata.

A menos que esse seja de fato um caso de psicopatia, acalme-se, isso não vai acontecer. E veja pelo lado positivo (sempre tem, né?..rs), se acontecer, dá tempo de sair correndo, fazer uma plástica, tirar um passaporte e mudar de país!... Bom, né?...rsrs...

Namorar é outra coisa. Namorar é leve. É gostoso. É bom. É ter alguém pra se preocupar... pra sentir falta... é receber uma ligação no meio de um dia cheio no escritório e saber que aqueles 2:17 min. foram os mais especiais do dia... É ter liberdade de ligar pra dizer um "oi"... e isso não ser visto como cobrança e sim como saudade...
É tirar das costas do outro a OBRIGAÇÃO de te completar, porque nos fizeram acreditar que somos incapazes de sermos felizes sem a nossa "outra metade". Mentira. Nascemos capazes de crescer sozinhos, mas se encontramos alguém bacana que some às nossas vidas, será sem dúvida, mais rápido.

Antes, a palavra macabra era "CASAMENTO" (Aff!... Toc, toc, toc...), agora o trauma já chegou no "NAMORO". Se seguirmos essa "linha de evolução", não vai demorar muito para que todo tipo de relacionamento que dure mais de uma noite, comece a se transformar em um problema. Saber o nome completo então, nem pensar!

O que não pode ser esquecido é que mesmo quando se está "ficando" a gente tem que ter cuidado porque envolve os sentimentos de uma outra pessoa... que não dá pra dizer pra alguém que ficou a vida inteira à sua procura, e no dia seguinte fingir que nunca a viu... Não dá pra achar que todas as pessoas estão disponíveis a se tornar "mais uma no caderninho do rol de ficantes" e que vai estar tudo bem... Não é assim que funciona.

Do que se tem medo?... De gostar?... de se deixar gostar?... de ser e fazer alguém feliz?... de chorar, se não der certo??... Qual o problema? Isso também faz parte... e penso que só nos tornamos pessoas emocionalmente maduras quando nos permitimos passar por todas essas fases.

Pode ser que seja eu quem esteja "ficando"... ficando careta, ultrapassada (rs). Pode ser. Negócio é que eu ainda não consegui me acostumar com essa nova vibe...rs.

Então, pra quem é como eu, ótimo dia dos namorados!