Eternas...

Foi aos 18 anos que resolvi fazer minha primeira tatuagem. Fui com uma amiga querida (minha cunhada, na época) que já possuía uma e queria retocar. Conversamos um pouco com o tatuador e entre milhares de desenhos, resolvi que iria eu mesma, criar o meu. Fiz uma rosa, inesperadamente lilás, entre alguns galhos tribais, no meu tornozelo esquerdo.

Meu pai demorou um pouco pra ver e depois demorou mais algum tempo pra descobrir que ela não era de henna e não iria sair com o tempo. E aí demorou mais um bocado pra aceitar... rs.
Minha mãe surpreendeu-se, mas gostou.

Hoje, quase todo mundo tem tatuagem. Virou moda. É normal. Mas, eu ainda acredito que tem que ser uma decisão bem pensada, porque não tem volta (mesmo com a opção - cara - do laser)... Além do mais, não faz sentido fazer algo se vc já tem a intenção de tirar depois, confere?

 Nunca me arrependi por ter feito e quando olho pra ela, a única vontade que tenho é de retocá-la, por já ter perdido um pouco suas cores, devido ao tempo.

Há mais ou menos 15 dias, repeti a dose. Outra vez com uma amiga (uma companheira querida). São estrelinhas dessa vez, também do lado esquerdo, mais ou menos na altura do ovário. São 5, minúsculas, uma de cada cor, distribuídas em um formato que lembra o desenho do Cruzeiro do Sul.

Me perguntaram: "qual o significado?". Não há. Ou talvez inconscientemente até haja... Estrelinhas estão na moda? Sim. Mas as faria, mesmo que não estivessem...
Já contei que gosto do céu e as estrelas são realmente encantadoras... São radiantes... Brilham, independentemente do que pensem sobre elas... Realizam sonhos, enquanto caem... São o símbolo maior do infinito... do desconhecido... do inexplicável... exatamente como a decisão de fazer em seu corpo, algo que vai durar pra sempre.