Voltar a viver depois da perda de alguém essencial na vida da gente não é tarefa fácil.
A dor da saudade, o vazio que fica e a falta de que se sente são fatores que fazem com que as forças para se ficar de pé sejam mínimas, e no fim das contas, isso só se mostra possível porque outras pessoas que também amamos ainda estão ao nosso lado...
Recomeçar nos expõe... Ficamos sujeitos a um turbilhão de sentimentos, inclusive à culpa, por querer tentar...
Algumas pessoas questionam minha força, mas não tenho dúvidas de onde ela vem: da certeza de que Deus está no controle, que tudo que Ele faz é perfeito e que meu paizinho está com Ele.
Meus pais são e sempre foram a base da minha vida. Sempre me considerei privilegiada por tê-los como parâmetro. Verdadeiros exemplos de dignidade, caráter, cuidado, honestidade e muito amor. Meus grandes orgulhos – os maiores.
Fui inteira e completamente amada pelo meu pai durante todos os anos que Deus nos permitiu estarmos juntos... O amei da forma mais sincera que pude... e ele soube disso em forma de gestos e palavras em todos os momentos que foram possíveis expressar... até o último instante...
Ele foi perfeito. Simplesmente perfeito como pai. O melhor. Um grande avô para meus filhos. O melhor companheiro para minha mãe. Companheiros singulares um para o outro, como ambos sempre mereceram.
É diante disso que não quero perder a vontade de viver, mesmo sabendo que a vida é em determinados momentos, muito dolorosa...
Não quero perder a garra, mesmo sabendo que estou sujeita a erros e perdas...
Não quero perder o brilho dos meus olhos, mesmo quando as lágrimas vierem...
Não quero deixar de lado a capacidade de amar, até porque AMOR, meu paizinho sempre me deu em abundância...
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