30 de Janeiro: hoje é Dia
da Saudade.
Não me lembro que ter comemorado essa data em qualquer outro
momento, mas já que hoje minha amiga Vilmária me avisou da ocasião, achei que
seria apropriado dedicar um artigo especial a esse tão nobre sentimento. Viram? Quem tem amigo - antenado - não morre pagão!
Saudade é uma daquelas palavras únicas, que resumem uma
avalanche de sentimentos e exprime, mesmo que indiretamente, o quanto gostamos
de uma pessoa. É tão própria que só existe no português, e já foi considerada
uma das palavras mais difíceis de traduzir!
Existem “similares” em todas as línguas, algo equivalente a
"sinto sua falta", mas nós brasileiros sabemos que sentir falta não é
o mesmo que sentir saudade...
O dicionário Veja
Larousse define assim: “a sensação de
incompletude, ligada à privação de pessoas, lugares, experiências, prazeres já
vividos e vistos, que ainda são um bem desejável”.
Desejo... Mais do que sentir falta, saudade expressa um
sentimento de perda e de satisfação.
É o lamentar-se por estar longe e, ao mesmo tempo,
alegrar-se nostalgicamente por já ter estado perto... Dualidade difícil de
definir.
E em um dia todo dedicado a ela, impossível não pensar
naquele amigo que está distante, uma pessoa amada que se foi e nunca mais vai voltar,
um amor vivido, sentido e por vezes, mal resolvido... Um cheiro... Um gosto...
Um som... Alguém especial que fez parte
da sua vida e – mesmo de longe – vai ter seu lugar para sempre, a espera do
retorno na hora certa...
Ainda assim, gerar melancolia e sofrimento não é, a meu ver,
a real função desse sentimento, e sim fazer com que nunca nos esqueçamos de fatos
que vivemos e que marcaram nossas vidas.
Impossível explicar saudade sem poesia... sem emoção... afinal,
saudade é sentimento, e não há como mensurar sua essência em exatidão ou
palavras concretas...
Diante disso, recorrendo a um grande poeta, finalizo: “Não
deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar”.
Luis Fernando Veríssimo
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